António Sampaio*
"Paisagem com papagaio"
Serigrafia
38x55 cm
450,00 €
Serigrafia
38x55 cm
450,00 €
Papagaio
de papel
Certa
vez, era noite de luar,
Havia
vento
A
valer.
Bom
para empinar
Meu
papagaio oblongo de espavento.
Se
havia vento, que importava a noite.
Era
só dependurar
Longo,
a lanterna acesa a todo o açoite
Do
vento, e soltar
Meu
papagaio oblongo, num momento.
Dito
e feito.
Mas,
ao peso da lanterna, não subia
O
invento,
Senão
a curtos vôos, de jeito
Que
toda gente via
Com
certo espanto aquela luz ao vento:
“Vai
destelhar as casa com tamanho arrojo…
“Vai
pegar fogo em tudo, e o sobressalto
“E
o incêndio semear daquele bojo….”
Era,
esse, o tom geral da gritaria.
Mas
de repente,
Meu
lindo papagaio
Brilha,
de súbito, como um raio,
A
bailar ziguezagueando pela altura,
Muito
acima do clamor de toda a gente,
Meu
alado sonho de papel luzente,
Alto,
a voar, muito alto…
Até
perder de rumo…
Até
a chama apagar…
Até
tornar-se em fumo…
Carlos Chiacchio
*
1916 – Nasce em V. N. Gaia, António Assunção Sampaio;
1916 – Nasce em V. N. Gaia, António Assunção Sampaio;
1932 – Colabora com outros jovens artistas na Exposição
Colonial Portuguesa;
1941 – Realiza no antigo salão “Silva Porto” a sua 1ª
exposição;
1942 – Participa juntamente com Augusto Gomes e outros
artistas na VII Missão Estética em Bragança;
1944 – Finaliza o Curso de Pintura na Escola Superior de
Belas-Artes do Porto, onde foi aluno bolseiro e Prémio “Rodrigues Soares”.
Ainda estudante fez parte do “Grupo dos Independentes”;
1948 – Em França frequenta a Escola de Belas Artes de
Paris, aprendendo a técnica de fresco sob a orientação de Duco de la Haix e as
academias “Grand Chaumière” e “Julien” e o Atlier do Pintor André Lothe.
Faz várias exposições individuais no país, na Inglaterra, nos
Estados Unidos e participa em quase todas as Bienais de Arte Moderna.
1954 – Funda juntamente com Jaime Isidoro a “Academia e
Galeria Domingos Alvarez”;
1954/55 – Orienta a Escola de Cerâmica de Viana do
Castelo;
Durante treze anos foi professor na Escola de Artes
Decorativas Soares dos Reis, no Porto.
Prémios:
1945 – “António Carneiro” 2º Prémio de aguarela na Exposição
dos Artistas Metropolitano em Angola, Medalhas da S. N. B. A.;
1952 – “Henrique Pousão” Menção Honrosa (cerâmica) 2ª
Exposição de “Arte Moderna” de Viana do Castelo. Medalha de prata no 1º Salão
do Algarve, entre outros;
Está representado no Museu Soares dos Reis, Museu Abade de
Baçal, Museu de Amarante, Museu da Guarda, Museu de Ovar, Turismo de
Matosinhos, e em várias colecções e galerias particulares portuguesas,
espanholas, francesas, holandesas, dinamarquesas, norueguesas,
norte-americanas, inglesas e brasileiras.
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