António Lino*
serigrafia
22x33 cm
150,00€
Olhar
o Rio Douro
No
meio de conversa
Ler
alguns poemas
De
um autor qualquer
E
o som das gaivotas
Dão-nos
a música perfeita
Para
a amizade ser descoberta…
Troca-se
olhares
Opiniões
Deixa-se
vaguear
As
emoções
E
as águas do rio
Vão
gravando na sua corrente
Mais
dois seres
A
descobrirem-se
Ao
mesmo tempo
Olhando
o rio Douro…
Emília Costa
*
«António Lino nasceu
em Guimarães, mas sempre pugnou pelas origens maternas, manifestando sempre um
enorme orgulho em ser filho de uma Transmontana. António Lino que faleceu em
Dezembro de 1996, foi um dos mais ilustres Vimaranenses da sua época. Formou-se
na Escola de Belas Artes e foi um artista no pleno sentido da palavra. Foi ele
o autor dos mais famosos vitrais que ainda hoje podem admirar-se na Capela do
Paço dos Duques de Bragança (em Guimarães), na Sé de Braga e no Tribunal
Judicial de Guimarães. Foi professor universitário, grande pintor e escritor.
Foi, por exemplo, o autor da Monografia de Guimarães (1984) que mereceu o
Prémio Adelino Amaro da Costa e que ainda hoje é o mais apreciado documento
monográfico sobre a cidade berço. Nessa monografia alude António Lino, às suas
origens e escreve: "António Lino da Veiga Ferreira Pedras, nasci em
Guimarães, em 9 de Março de 1914, de antiga Família Transmontana, filho de pai,
oficial do exército e a mãe professora oficial". Aliás, este insigne
Vimaranense que foi um Português do tamanho do Castelo de Guimarães que muitas
vezes elegeu para motivo dos seus trabalhos pictóricos e que sempre quis
ligar-se a Trás-os-Montes, razão porque aqui o tratamos, ao lado da mãe,
escreveu na página 9 da sua Monografia uma comovente dedicatória que reza
assim. A minha mãe, Beatriz de Jesus Pires da Veiga, 1880-1968, de muito antiga
família Transmontana, teve uma longa vida de trabalhos e sacrifícios que
suportou com nobreza e superior dignidade... Saudamos aqui a mãe e o filho,
porque ambos merecem».
In
I volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses
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